Mulheres na política
Incentivar as mulheres na política ocasiona uma democracia mais representativa. Na União Europeia, as mulheres estão ocupando mais cargos dentro da política, a cada ano que passa. A Finlândia tem uma porcentagem de 55%, onde mais da metade dos membros são mulheres.
Em oposição, a ilha de Malta conta apenas com 8% da representação das mulheres nas equipes governativas, ao lado dos países como a Grécia, Estônia e Romênia, os quais não ultrapassam os 20%.
Mulheres na política: situação atual de Portugal
A crise sanitária teve grande impacto na igualdade entre os homens e as mulheres, recuando anos de progresso. Os efeitos da COVID-19 atingiram muito mais as mulheres, principalmente por estarem muito ligadas aos setores de consumo. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, a perda de emprego das mulheres atingiu 5%, enquanto os homens 3,9% em 2020.
Felizmente, nos dias atuais, Portugal ultrapassa a média da União Europeia da porcentagem de mulheres que ocupam cargos tanto no Governo quanto no Parlamento, atingindo 39%. De acordo com os dados do Eurostat (Serviço de Estatística da EU), a porcentagem de membros femininos nos governos da União Europeia passou de 20%, em 2014, para 33%, no ano passado (2020). Um a cada três membros dos parlamentos e dos governos era mulher. Mesmo assim, o país fica atrás de outros cinco países: Finlândia, Áustria, Suécia, França e Bélgica – em que mais da metade dos membros do executivo são mulheres.
Portugal conseguiu subir 13 lugares no ranking da igualdade entre homens e mulheres, atingindo a 22° posição. O relatório é estabelecido anualmente pelo FEM (Fórum Econômico Mundial) e destacou o país como um dos que mais tem processos significativos. Com o aumento da porcentagem das mulheres na política, Portugal fica agora em 26° em relação a emancipação das mulheres em cargos governamentais.
Maria Teresa Cárcomo Lobo
Também conhecida como Teresa Lobo, se formou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e fez também o Mestrado em Direito. Foi política, juíza e jurista.
Em agosto de 1970, Maria Teresa foi nomeada deputada da Assembleia Nacional Portuguesa, por Marcello Caetano, sendo a primeira mulher a integrar o governo em Portugal, onde ocupou o cargo de subsecretária de Estado da Assistência em Saúde até 1973.
Depois da Revolução de Abril, em 1974, emigrou para o Rio de Janeiro. Lá, ela assumiu a titularidade da 28° Vara Federal do estado brasileiro em 1988 e permaneceu até 1999, quando se aposentou.
Membros femininos no governo e parlamento português
As mulheres só começaram a votar e participar de cargos políticos a partir do século XX. De 1945 a 1961, a porcentagem de mulheres na política não ultrapassava 2%. Os números começaram a aumentar consideravelmente em 1995, passando de, aproximadamente, 12% para 39% em 2020.
Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher cirurgiã e a primeira a votar em Portugal, em 1911.
Rosa Albernaz foi a deputada com o maior mandato, permanecendo por 38 anos.
Maria de Lourdes Pintasilgo foi a única mulher a desempenhar o cargo de primeira-ministra no país, e foi a segunda a desempenhar esse cargo na Europa, depois de Margaret Thatcher.
Domitila de Carvalho, Maria Guardiola e Cândida Parreira foram as primeiras deputadas em 1934.
Quer ver outros exemplos de mulheres na política? Atente-se a próxima seção!
Jeannette Rankin, Diane Nash e Shirley Chisholm
Vamos conhecer outras 3 grandes mulheres na política:
Rankin foi a primeira entre as mulheres na política a ocupar um cargo público eletivo a nível federal nos EUA (1916).
Nash foi uma das fundadoras do movimento pelos direitos civis e ajudou a assegurar a aprovação da Lei do Direito ao voto (1965).
Chisholm entre tantas mulheres na política, foi a primeira mulher negra a ser eleita no Congresso dos Estados Unidos, em 1968, e permaneceu durante 7 mandatos.